



Só que, depois de já ter garantido a vaga, muitos são surpreendidos com a aprovação em outras companhias e então começam a pensar qual empresa pode ser mais interessante para a carreira, o peso da marca de cada uma no currículo e os prós e contras no dia a dia profissional. “O jovem não se acanha mais de voltar atrás, ainda que tenha dado a sua palavra para o empregador”, diz Renata. Isso porque o momento de vida dos recém-formados é cheio de incertezas e dúvidas e isso colabora para a mudança de programas. O comportamento também seria uma resposta dos mais novos ao mercado de trabalho. O jovem pensa: “Por que eu vou ter essa fidelidade com a empresa, se em qualquer momento ela pode me trocar por outro candidato?”.
Para começar, a dica de Renata é de evitar participar de processos que não têm a ver com você. “Se todo mundo começar se inscrever para ver no que vai dar, isso vai acabar gerando uma bolha no mercado. Muitos serão reprovados e perderão a vaga para outros que não têm certeza se querem continuar na empresa”, destaca.
Razão para decidir – Para quem está nessa sinuca de bico e não sabe se fica ou vai, a melhor maneira de decidir é avaliando a identificação que possui com o ramo do negócio e a cultura da empresa. “Eu não escolheria um programa de trainee apenas pela marca”, afirma a consultora. “Aproveitaria o momento de escolha para me questionar, colocar na balança em qual empresa as minhas características serão mais aproveitadas.”
Saindo com classe – Se você já decidiu que vai trocar um programa por outro, precisa tomar cuidado para não ficar queimado com a empresa na hora do desligamento. “O ideal é explicar a situação pessoalmente e não se anular, mandando um e-mail e achando que vai ficar tudo bem”, recomenda a consultora. Qualquer passo em falso nesse momento pode deixar uma impressão negativa e se, em outro momento, você pensar em trabalhar na empresa poderá encontrar as portas fechadas.
O outro lado da moeda – Para entender melhor por que trocar um programa de trainee por outro pode prejudicar tanto a sua imagem, tente se colocar no lugar das empresas, que investem uma grana na seleção dos candidatos. Sim, para elas, o impacto desse troca-troca é sentido diretamente no bolso. “Incomoda perceber que todo o processo de admissão desenhado para o candidato teve que ser interrompido”, afirma Renata.
Por conta disso é que muitas empresas estão deslocando o processo seletivo para o início do ano, que é um período menos concorrido. Já reparou como há várias companhias com inscrições abertas? Assim, mesmo que os selecionados se candidatem a outros programas no fim do ano, eles já terão vivido a integração e estarão imersos à cultura da empresa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário