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sexta-feira, 2 de março de 2012

Não troque de trainee como quem troca de roupa
Rachel Sciré
quinta-feira, 1 de março de 2012

Não troque de trainee como quem troca de roupa
Não troque de trainee como quem troca de roupaNão troque de trainee como quem troca de roupaNão troque de trainee como quem troca de roupaO mercado de trabalho tem se assustado com um comportamento dos jovens trainees. É que está virando moda deixar a empresa ainda no período de adaptação. O motivo? Segundo Renata Magliocca, consultora-sênior da Cia de Talentos, a atitude é consequência do aumento do número de processos seletivos nos mais diversos segmentos. Os jovens teriam passado a se inscrever em todos os programas que veem pela frente e aceitariam trabalhar para a primeira empresa que divulga os resultados.
Só que, depois de já ter garantido a vaga, muitos são surpreendidos com a aprovação em outras companhias e então começam a pensar qual empresa pode ser mais interessante para a carreira, o peso da marca de cada uma no currículo e os prós e contras no dia a dia profissional. “O jovem não se acanha mais de voltar atrás, ainda que tenha dado a sua palavra para o empregador”, diz Renata. Isso porque o momento de vida dos recém-formados é cheio de incertezas e dúvidas e isso colabora para a mudança de programas. O comportamento também seria uma resposta dos mais novos ao mercado de trabalho. O jovem pensa: “Por que eu vou ter essa fidelidade com a empresa, se em qualquer momento ela pode me trocar por outro candidato?”.
Para começar, a dica de Renata é de evitar participar de processos que não têm a ver com você. “Se todo mundo começar se inscrever para ver no que vai dar, isso vai acabar gerando uma bolha no mercado. Muitos serão reprovados e perderão a vaga para outros que não têm certeza se querem continuar na empresa”, destaca.
Razão para decidir – Para quem está nessa sinuca de bico e não sabe se fica ou vai, a melhor maneira de decidir é avaliando a identificação que possui com o ramo do negócio e a cultura da empresa. “Eu não escolheria um programa de trainee apenas pela marca”, afirma a consultora. “Aproveitaria o momento de escolha para me questionar, colocar na balança em qual empresa as minhas características serão mais aproveitadas.”
Saindo com classe – Se você já decidiu que vai trocar um programa por outro, precisa tomar cuidado para não ficar queimado com a empresa na hora do desligamento. “O ideal é explicar a situação pessoalmente e não se anular, mandando um e-mail e achando que vai ficar tudo bem”, recomenda a consultora. Qualquer passo em falso nesse momento pode deixar uma impressão negativa e se, em outro momento, você pensar em trabalhar na empresa poderá encontrar as portas fechadas.
O outro lado da moeda – Para entender melhor por que trocar um programa de trainee por outro pode prejudicar tanto a sua imagem, tente se colocar no lugar das empresas, que investem uma grana na seleção dos candidatos. Sim, para elas, o impacto desse troca-troca é sentido diretamente no bolso. “Incomoda perceber que todo o processo de admissão desenhado para o candidato teve que ser interrompido”, afirma Renata.
Por conta disso é que muitas empresas estão deslocando o processo seletivo para o início do ano, que é um período menos concorrido. Já reparou como há várias companhias com inscrições abertas? Assim, mesmo que os selecionados se candidatem a outros programas no fim do ano, eles já terão vivido a integração e estarão imersos à cultura da empresa.

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